domingo, 16 de dezembro de 2007

O texto a seguir é um artigo do irmão e amigo Rafael Lelis Ferrari. Irmão este que tem uma história importante na minha vida e no meu ministério, nos conhecemos no CEFETES onde estudamos juntos por 3 anos, de fato foram tempos separados pelo Senhor para nossa edificação espiritual. Hoje graças a Deus e após muitos debates, o Rafael é um calvinista, sócio da UMP e violonista do grupo de louvor da IPB de Jardim da Penha , na qual ele é membro. Que Deus sempre o conserve revestido de sua graça e apegado a sua palavra.
_____________________________________________________________________________
O Presente Século Mau
Vivemos em uma época onde o deus mais adorado pela sociedade chama-se “O Homem”. Uma sociedade antropocêntrica que busca seus próprios interesses, que busca em primeiro lugar sua realização profissional, que tem o seu coração na terra, que ajunta tesouros na terra, que valoriza somente o “aqui” e o “agora” e que, assim, espera em Cristo só nessa vida, ou nem nessa vida. Desta forma entendemos que, talvez, nossa sociedade se tornou uma das mais infelizes de todas que já existiram. (1 Co 15:19).

A bíblia descreve bem homens assim: “O seu fim é a perdição, o seu Deus é o ventre, e a sua glória é a vergonha. Só pensam nas coisas terrenas. (Fp 3:19)”. São homens maus que se esqueceram quem é a criatura e quem é o criador, que estão mortos em seus pecados e cegos. Homens que lembram de Deus somente nas dificuldades, que só abrem a boca para pedir e quando pedem, pedem para gastar em seus próprios deleites.

Esse presente século realmente é mau. É mau porque é formado por homens maus, e deles a bíblia já nos advertia: “Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeição natural, irreconciliáveis,caluniadores, sem domínio de si, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder...(Tm 3:1-5)”.

No fim desse verso Paulo aconselha a Timóteo: “Afasta-te também destes”. Paulo também no início de sua carta aos Gálatas diz que Jesus Cristo se deu a si mesmo para nos livrar do presente século mau. Paulo, como Jesus, não era contra a evangelização da sociedade (ao pedir que nos afastássemos destes), pelo contrário, Paulo se fazia de tudo para com todos a fim de ganhar alguns para Cristo. No entanto, essas palavras são sábias palavras de Deus no sentido de que o apóstolo nos alerta quanto às falsas doutrinas que surgirão nos fins dos tempos e que entrará nas igrejas de tal forma que muitos não mais suportarão a sã doutrina dos apóstolos, a mensagem da Cruz que aos poucos tentará ser aniquilada por pastores nos púlpitos de muitas igrejas. Infelizmente o verbo não mais está no futuro e sim no presente, no Presente Século Mau.
Tornou-se visível e audível em muitos sermões e louvores, um evangelho maquiado, de fácil e grande aceitação, um novo evangelho que podemos chamar de “Evangelho segundo nossos interesses” que, ao contrário da palavra poderosa de Deus, muda de acordo com a nossa vontade e se adapta ao tempo e ao interesse de cada um. Um evangelho que exalta o homem e HUMILHA a Deus, que exalta a vontade da criatura e IGNORA a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, tornando o homem soberano e pregando um deus que está somente ali para servi-lo, cabendo ao mesmo apenas pronunciar as quatro palavrinhas mágicas “em nome de Jesus”. (Se Jesus tivesse realmente pregado esse evangelho, creio que Judas não o teria traído, humanamente falando).

O desejo de Deus não é somente que lamentemos tal situação em que se encontra nossa sociedade, mas que sejamos ouvintes, praticantes e fiéis pregadores de sua palavra, porque apesar de tudo, ainda é ele que está no controle desse mundo, ele continua fazendo todas as coisas segundo a sua vontade (Ef 1:11), e ainda tem muitos escolhidos para serem chamados, justificados e um dia glorificados.

Ao contrário dessa sociedade, nossa pátria está nos Céus, nosso coração está em Deus e nossa vida é para o louvor de sua glória. Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas. Desta forma, Sejamos alegres na esperança, fortes na fé, dedicados no amor e unidos no trabalho, a fim de levarmos alguns destes para Cristo, é claro, sempre na ajuda da Graça de Deus.
Paz e Graça!
Rafael Lelis Ferrari

sábado, 8 de dezembro de 2007

Calvinismo e a Evangelização


Acabei de ler recentemente o Livro "Uma Jornada na Graça" da Editora Fiel e de autoria de Richard P. Belcher. O livro é excelente, pois o mesmo fala das verdades bíblicas defendidas pelos calvinistas de modo bem didático e atrativo. Com intuito de edificá-los é que posto esta pequena parte do livro, que ao meu ver é muito oportuna para os dias atuais Pois temos vivido época onde por um lado há um grande comodismo quanto a prática de Evangelização e por outro um grande emprego de método estratégico de evangelismo que muitas vezes fogem aos conceitos bíblicos.

Oro para que Deus nos dê forças para cumprir o "Ide e Pregai o Evangelho a toda criatura" sem precisar maquear o evangelho.


_________________________________________________________________________




AS DOUTRINAS DA GRAÇA AFETARÃO OS MÉTODOS DE EVANGELISMO UTILIZADOS POR UMA IGREJA


"O temor de que o calvinismo destruirá o evangelismo não tem qualquer fundamento, pois alguns dos grandes evangelistas da História eram calvinistas. Mas, por outro lado, o Calvinismo influenciará os métodos e as práticas de evagelismo de um crente. Com certeza, não é sensato nem bíblico realizar a obra de evangelização utilizando qualquer método, apenas porque desejamos ser capazes de afirmar que estamos praticando evangelismo. Nossas práticas de evangelismo têm de ser consistentes com as Escrituras e com sua teologia. A evangelização tem de ser feita no poder e na maneira de Deus; pois, agindo de modo contrário, podemos criar uma monstruosidade de métodos e recursos que produzem apenas uma decisão e não o verdadeiro fruto do Espírito Santo.
O calvinismo compreende que não têm em si mesmo o poder de converter as pessoas a Cristo, mas que o poder de Deus age no íntimo para chamar a Deus os eleitos. É nosso dever pregar o evangelho a todas as pessoas do mundo e confiar que o Espírito Santo fará a sua obra de chamar o povo de Deus."


(Richard P. Belcher - Uma Jornada na Graça p. 228-229)